Sociedade civil envia 40 recomendações em comunicação sobre HIV e covid-19 ao MS

Logotipo do II ComunicAids, realizado em julho pela Gestos

DCCI recebe 3a-feira documento elaborado a partir de seminário que reuniu ativistas comunicadorxs

Para criar mecanismos de informação dirigidas à prevenção e ao cuidado do HIV/AIDS e da covid-19, ativistas comunicadorXs do movimento social de luta contra a aids entregam ao Ministério da Saúde uma lista de 40 recomendações.

O documento será recebido na próxima terça-feira (31), às 11h, pelo diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI), Gerson Fernando Mendes Pereira, durante live no canal da Gestos no YouTube.

Na live, a Gestos lançará uma campanha institucional de marketing social da ONG contra o estigma e o preconceito enfrentado pelas pessoas vivendo com HIV e pelas pessoas doentes de AIDS (PVHA).

Realizado no último 15 de julho, o II Comunicaids reuniu comunicadorxs e ativistas do movimento social de luta contra a aids e de organizações da sociedade civil para debater, no contexto da pandemia de covid-19, estratégias de comunicação que promovam o acesso à informação e prevenção a ambos os vírus, buscando garantir direitos para as PVHA e combater o estigma e o preconceito.

As recomendações que serão entregues ao MS foram construídas coletivamente entre os/as participantes durante o evento on-line e, posteriormente, foram compiladas em um documento dividido em quatro sessões. Levando em conta a epidemia de desinformação e partindo da prerrogativa de que a aids não é uma doença superada no País, o texto traz considerações fundamentais para nortear a lista de recomendações. Entre elas, a de que o risco de infecção (seja pelo HIV, ou pela covid-19) está sujeito a determinantes sociais (como gênero, raça, classe, entre outros) que se intensificam de acordo com o grau de vulnerabilidade social.

O documento do Comunicaids com as recomendações, que pode ser acessado aqui, também chama atenção para a necessidade de criação e manutenção de conteúdos direcionados para públicos específicos em diversos meios e plataformas de comunicação.

Entre as principais recomendações estão a centralidade e o protagonismo da pessoa vivendo com HIV/aids nos materiais de comunicação, além da utilização de elementos textuais e imagéticos humanizados, ou seja, que respeitem a figura humana e seus direitos fundamentais, bem como os princípios do Sistema Único de Saúde, valorizando, assim, a vida e os direitos sexuais e reprodutivos de todos os grupos sociais. “É neste sentido que a campanha contra o estigma e o preconceito será apresentada”, explica a coordenadora geral da Gestos, Alessandra Nilo, sobre a campanha que, segundo ela, foi “construída com base nos preceitos que alicerçam a carta de recomendações”.

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