Colcha de retalhos do Projeto Nomes, 2001. Foto: GIV
Uma construção coletiva, compartilhada e solidária. Um projeto que, aos 40 anos de epidemia, resgata tanto parte da história da luta contra a aids e de suas vítimas, como agrega a tecnologia para acrescentar o frescor do novo ao resgate.
Esta é a primeira impressão que se tem com as primeiras informações sobre o “memorial incompleto da epidemia de aids” – assim mesmo, em minúsculas –, “iniciativa aberta, coletiva e sem fins lucrativos” que reúne Casa 1, Acervo Bajubá, Museu da Diversidade Sexual, Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, Grupo de Incentivo à Vida e Grupo Pela Vidda SP.
O memorial incompleto da epidemia de aids irá recolher depoimentos que vão compor uma rede de relatos – a serem compartilhados publicamente – e uma colcha de retalhos, inspirada no Projeto Nomes, surgido nos Estados Unidos em meados dos anos 1980. Os depoimentos também serão difundidos no formato de pequenos áudios.
Para chegar aos áudios, o projeto lança uma convocatória pública para que amigas, amigos, familiares e pessoas que queiram compartilhar suas lembranças sobre as vítimas da epidemia da aids no Brasil enviem uma proposta de retalho que formará a colcha e também áudios anônimos com duração de 3 a 10 minutos. Ao final do projeto, os áudios e imagens dos retalhos serão disponibilizados anonimamente no site do projeto; e a colcha será apresentada nos espaços parceiros em exposições abertas ao público.
Quem pode e como participar
Todo mundo pode participar! O memorial tem por objetivo celebrar as memórias de pessoas vítimas da epidemia da aids, que pode ser resgatada por familiares, amigas e amigos e pessoas que queiram compartilhar essas lembranças.
Os áudios, que serão anônimos, devem ter de 3 a 10 minutos. A ideia é que sejam divulgados sem edição! Para o retalho, que irá compor a colcha, pode-se criar um rascunho em papel e mandar uma foto para a equipe do projeto, que confeccionará o material conforme o esquema e a disponibilidade de material. Quem se interessar também pode fazer e enviar os tecidos e técnicas podem ser variados, desde que seja mantido o tamanho do retalho de 50 cm x 50 cm. A sugestão é que seja feito em um tecido mais grosso para garantir a durabilidade da colcha na circulação. Também é possível fazer o próprio retalho conforme agendamento prévio no Galpão Casa 1 (Rua Adoniran Barbosa, 151, Bela Vista).
Pra onde enviar
Os envios, dúvidas, agendamento de coleta de áudios ou criação dos retalhos podem ser feitos pelo e-mail educativo@casaum.org e pelo WhatsApp (11) 91013-6994.
Os pontos de referência do projeto ficam no centro de São Paulo, no Galpão da Casa 1 (Rua Adoniran Barbosa, 151, Bela Vista) e no Museu da Diversidade Sexual (Estação República do Metrô, R. do Arouche, 24, República).
O memorial
O memorial incompleto da epidemia de aids busca retomar os objetivos que inspiraram o Projeto Nomes e outras iniciativas desde então, de ilustrar a enormidade da epidemia da aids, encorajar uma atitude de compaixão para com as pessoas vivendo com HIV e gerar uma forma criativa e positiva de expressão para aqueles cujas vidas foram de alguma maneira tocadas pela epidemia. Além disso, a iniciativa celebrará as respostas e ações de solidariedade e registrará as diferentes percepções sobre os impactos da epidemia da aids nas últimas quatro décadas no Brasil. O recolhimento de relatos contará com a colaboração, participação e o apoio de diversos grupos e indivíduos ligados à luta contra a epidemia de HIV/aids no Brasil.
Serviço
O que? memorial incompleto da epidemia de aids
Quando? a convocatória para envio de relatos começou dia 12 de agosto de 2021.
Onde? os depoimentos podem ser enviados para o endereço de e-mail educativo@casaum.org e WhatsApp (11) 91013-6994.
Mais informações no site memorial.casaum.org
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