Saúde paulista deve aglutinar AIDS, hepatites e tuberculose

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) pode aglutinar outros agravos à saúde ao que hoje é o Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo (PE-DST/Aids-SP), situado na sede do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids (CRT-DST/Aids-SP).

Isso é o que se percebe no despacho anexado ao ofício da SES-SP recebido hoje pelo presidente do Fórum das ONG/Aids do Estado de São Paulo (Foaesp), Rodrigo Pinheiro. O documento foi enviado em resposta a uma nota de apoio do Foaesp à manutenção do CRT junto ao PE-DST/Aids-SP. Em um trecho se lê:

“... está sendo estudada pela Coordenadoria de Controle de Doenças, a exemplo do que aconteceu na Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, a integração dos Programas de Vigilância em blocos temáticos, visando o fortalecimento dos referidos Programas”.

O presidente do Foaesp não concorda. “Se a Secretaria fizer com o Programa Estadual o que fez com o Instituto Adolpho Lutz, as pessoas vivendo com HIV/aids em tratamento têm muito a perder”, afirmou, em referência aos mais de 17 mil testes para diagnóstico da Covid-19 que aguardaram semanas antes de serem parcialmente analisados. “Com muitas patologias, a demanda cresce e tanto o CRT quando o Programa podem vir a ser sucateados”, conclui.

Contatada, a direção do PE-DST/AIDS-SP ignora a aglutinação, pois não recebeu nada sobre o tema.

Segundo Pinheiro, o Foaesp irá responder ao ofício ainda hoje, mantendo a reivindicação de continuidade do CRT na estrutura do Programa Estadual de DST/Aids.

Compartilhe nas redes sociais: