#PutaDei Café: putes e aliades vão destruir a hipocrisia da sociedade
Por Flavio Lenz
Especial para o Saúde Pulsando
Se você glamoriza o casamento e admira a maternidade, adora o capitalismo e as Casas Bahia, põe lá pra cima a moral e os bons costumes, acha que prostitutas são exploradas e se encanta com a academia, você tá na leitura certa. Já se pensa tudo ao contrário, e ainda admira as putas e a putaria, bebe na fonte do conhecimento da vida, quer ser livre de corpo e alma, defende e promove o direito à saúde, acha importante formar redes e se organizar e tem até vontade de envelhecer, esta também é uma boa leitura.
Como pra lá de boa foi a aula aberta promovida por Laura Murray para os alunos da disciplina Direitos Sexuais e Resistências Corporais, do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos, da UFRJ, neste 9 de junho de manhã. Com mais de 90 participantes e uma penca de putas-fessores da Rede Brasileira de Prostitutas, o aulão se chamou Café PutaDei, em comemoração ao Dia Internacional da Prostituta, o 2 de junho, data em que putas francesas, em 1975, ocuparam uma igreja em Lyon, na França, para reivindicar seus direitos e denunciar violência policial.
Como a ideia da aula foi compartilhar “estratégias para sobreviver ao fim do mundo”, vamos desde logo pro fim, pra chegar ao começo da história. Fala transputa Indianarae, que é Siqueira também, da CasaNem e do grupo Transrevolução:
“Eu tava no trem esses dias e li esses avisos pra não comprar produtos de ambulantes. Achei tão interessante, porque você não vê pessoas passando mal no trem, mas lê notícias de vistorias em cozinhas de luxo, como a do Copacabana Palace, com comidas estragadas, vencidas, e você não vê nenhum aviso para evitar comer no Copacabana Palace.” POW!
“Do mesmo modo, em comparação, a gente escuta, não seja puta, case, seja mãe, amamente. Ninguém fala que você pode casar com um homem violento, que pode te ferir, te matar.” BLAM!
“Esse povo fala que a gente glamoriza a prostituição, mas eles glamorizam o casamento, o príncipe encantado, o vestido de noiva, a maternidade, os filhos que são produzidos para o sistema. E falam que as prostitutas são exploradas. Pra mim quem é explorada são as mulheres casadas, por seus maridos.” SMACK!
“E essa gente ainda diz que nós não podemos falar pelas prostitutas não organizadas. Ora, direito se adquire quando se organiza; e as que não estão organizadas vão receber benefícios dessa organização.” KAPLOW!
Arre, mata, Indianarae!
“A prostituição liberta. Preconceitos que existem contra a prostituição são destruídos quando você está na prostituição. Você até sai com pessoas que nunca sairia e descobre que elas podem te dar prazer, ter um bom papo. Entendo que tem putas que preferem repetir o discurso do preconceito, mas fazem isso para serem aceitas. Eu não. Eu sou puta assumida. A prostituição tira as coisas ruins do capitalismo, do moralismo e dessa sociedade que libera os homens e reprime as mulheres. Se tem um conselho que eu daria: vive e deixe viver e sejam putes. Essa sociedade tem que ser destruída. O mundo precisa é se transformar num puteiro.” POW! BLAM! SMACK! KAPLOW!
MORALIZAR O SEXO É MORALIZAR A VIDA
Patricia Rosa, que é do Coletivo Puta Davida e não tem nada de Patricinha, falou logo antes. E também não deixou por menos:
“A palavra puta é o maior medo de toda mulher. Mas não meu. Eu não tenho medo nenhum. Eu hoje me sinto capaz de ser uma puta professora. Meu aprendizado no movimento começou no meio da pandemia, eu estava em casa com o apoio de um cliente, e comecei a pensar nas outras que não tinham esse tipo de ajuda. Nesse tempo ainda li o livro de Gabriela Leite, ‘Filha, mãe, avó e puta’, e aí tudo fez sentido pra mim, entendi porque não saí da prostituição. E ainda recebi o apoio de Indianarae quando um cliente não me pagou, acho que não receber pagamento por um trabalho é uma grande violência. Ela me colocou em contato com um advogado, me senti acolhida, sem julgamento.”
“O trabalho sexual dá a perspectiva de vulnerabilidade do homem, nele me senti pela primeira vez igual, forte. Ao mesmo tempo os homens se protegem e se admiram, e nós mulheres precisamos também aprender isso. Eu sempre achei importante formar redes para tudo, da família aos amigos, para o Coletivo Puta Davida, onde realmente vi ainda mais esse sentido de formar rede, para mim faz sentido quando a gente pode se fortalecer. Hoje me sinto confortável para envelhecer e até sinto vontade de envelhecer, vendo todas essas prostitutas mais velhas e experientes.”
“O dono da maior loja do Brasil está explorando sexualmente e psicologicamente crianças e se chama de sugar daddy. Pai e filho. Casas Bahia. É um estuprador, explorador, e isso nada tem a ver com prostituição. Enquanto isso, a delegacia da mulher aconselha mulheres, como me aconselhou, a não denunciar o pai, porque ‘você vai acabar com a sua família’. A prostituição destrói a ilusão de felicidade dentro dessas instituições antigas, como família e religião. A academia precisa acolher esse nosso conhecimento, muito mais protetivo, mais família, divertido, seguro para as mulheres, importante para conhecer. Moralizar o sexo é moralizar a vida”.
“E ainda tem essa portaria do implante contraceptivo que nos considera vulneráveis, para que a gente não seja mãe. É tremendo estigma ter essa prioridade, enquanto não temos prioridade para a vacina, mesmo que a gente esteja em todas as casas, com os maridos das famílias.”
MEMÓRIA, HOMENAGENS E ESTRATÉGIAS
E teve ainda mais nesta puta aula. Memória, reconhecimento e homenagens, estratégias de resistência à pandemia de Covid-19 e mídia cidadã foram alguns dos temas tratados por outres putas-fessores.
Desde São Luiz do Maranhão, Jesus Almeida da Costa, do Coletivo Por Elas Empoderadas, garantiu que “o sangue de prostituta continua correndo nas veias, independente do grupo que a gente participa”. Ela fez questão de dizer que a Rede Brasileira de Prostitutas é uma “puta articulação que dá tesão” e que a “melhor coisa do mundo é a gente se fortalecer e fortalecer outros movimentos”. Sobre o “grande desafio” da pandemia de covid-19, contou que continua atuando, indo pras ruas e cabarés, se juntando com trans e travestis, empoderando as prostitutas como elas querem ser empoderadas. E mandou recado: “Quem eu quero que goste de mim são as putas de cabaré, e não coordenadoras de órgãos do governo.”
Soila Mar, do Núcleo de Estudos da Prostituição, de Porto Alegre, falou das origens do movimento de putas no Sul, a época “muito dura da ditadura”, com a Brigada Militar batendo, prendendo, roubando. Foi nesse cenário, ainda na década de 1980, que “surgiu uma mulher nas ruas, Tina Rovira, dizendo que nós tínhamos direitos”. A partir daí, contou Soila, “criamos força, passamos a reconhecer a violação dos nossos direitos, a reconhecer que “somos mulheres como todas as outras. Fizemos parceiras diversas, começando pelo Gapa-RS, e fundamos o NEP”. Atualmente concentrado no enfrentamento da pandemia, que “não parou a prostituição, especialmente das mais jovens, de 20-30 anos”, o NEP se mantém articulado com diversos setores do governo e apoia as profissionais com gel, máscara, “tudo o que está ao nosso alcance”.
Reconhecimento e homenagens foram também os principais temas de Betânia Santos, das Mulheres Guerreiras, de Campinas. A própria Tina Rovira voltou à cena, com Betânia lembrando uma frase da amiga gaúcha que passou a usar na sua própria militância: “O meu ativismo vale mais que qualquer dinheiro”. Emocionada, Betânia fez também homenagens a Leila Barreto (já já ela chega) pelo incentivo para escrever projetos, a Laura, por contribuir para Betânia soltar o corpão numa performance da Daspu de homenagem a Gabriela, quando escreveu no próprio corpo “Sou uma puta feliz”, a Elaine Bortolanza e a Dennis van Wanrooij, “um puto de verdade que levou associação para o mundo”. Os dois, Elaine e Dennis, foram também os principais apoiadores para a produção do primeiro PutaDei em Campinas.
As origens do movimento na Paraíba, inclusive a dificuldade de registrar o Centro Informativo de Prevenção, Mobilização e Aconselhamento aos Profissionais do Sexo de Campina Grande (Cipmac), hoje com 32 anos de formalização, também foram lembradas por Milene Santos, que está desde 2001 na associação e conheceu o movimento nacional de prostitutas em 2008, durante encontro no Rio. “Eu nunca imaginava que uma puta pudesse ter tanto poder, ali começou tudo, a minha formação como mulher da vida.” De acordo com ela, “a luta de Lourdes Barreto e Gabriela não foi em vão, tem um ganho muito grande, uma história que não pode ser esquecida jamais”.
Por elas e tantas outras, o Cipmac trabalha desde 1990 com saúde integral, levando para a zona órgãos públicos desse setor, assim como a Rede de Enfrentamento da Violência Doméstica e o projeto Papo de Zona. “Buscamos principalmente dar empoderamento às colegas”, em Campina Grande e em outras cidades da Paraíba.
Cida Vieira, da Associação das Prostitutas de Minas Gerais (Aprosmig), também falou das origens do ativismo em Belo Horizonte, com a prevenção de aids e da violência, apoiada pelo Gapa-MG, com destaque para Roberto Chateaubriand. A “cultura viva” das mulheres da Guaicurus, que estimula a participação na Virada Carnavalesca ou a produção de performance da Daspu, e o desenvolvimento do Museu do Sexo, que promove oficina online internacional este mês, foram destacados. De acordo com Cida, a violência aumentou muito com a pandemia, porque há pessoas novas na prostituição sem conhecimento, o que demanda atuação junto a elas para conhecerem seus direitos. “A putofobia está em alta”, disse. Ela também falou das parcerias com o Clã das Lobas e o Coletivo Rebu e a participação na Plaperts, debatendo políticas públicas dos diversos países da América Latina.
O “Beijo da rua”, jornal do movimento de prostitutas criado pelo Coletivo Puta Davida, foi o tema do jornalista e editor Flavio Lenz, este orgulhoso redator. Capas e páginas internas de diversas edições foram compartilhadas e comentadas, mostrando como o jornal acompanha, registra e contribui para a visibilidade do movimento de putas.
FILHA DA PUTA!
E agora, como seguir? Ainda tem gente, e fera, pra falar aqui!
Vamos com Leila, Barreto, a filha da puta mais famosa e assumida do Brasil. Como tantas, ela se emociona por estar nesse espaço, nesse dia de comemoração, ainda mais que o PutaDei, este nome mágico e aberto a todes, um ícone pra dar e vender, nasceu no Grupo de Mulheres Prostitutas do Estado do Pará (Gempac), fundado pela puta da sua mãe.
Leila apresentou a história do PutaDei, mostrou imagens das diversas edições, contou dos agitos e da incidência das putas de Belém do Pará, que vão além fronteiras para “ocupar as esquinas brasileiras”. Lembrando sempre, também, da importância das fundadoras do movimento de putas. Um movimento que como o PutaDei, tal qual Leila define, é um “processo dinâmico e afetivo de orgasmos infinitos”.
Por isso ainda vem, vem, vem… vem mais, mais e mais. A puta-mãe tá chegando, calma lá e curte aqui.
É que tem a presença vibrante da Elaine Bortolanza, coordenadora Daspu, que não pôde ficar pra convocar a gira final, com participantes embaladas pela energia Daspu que ela tão bem sabe convocar, com suas deusas e orixás, como Lourdes e Gabi. Mas avisou: “Em breve estarei de volta inteira bem dasputosa”.
E o Thaddeus Blanchette, professor da UFRJ, que lembrou do impacto do movimento brasileiro de prostitutas no exterior. Basta um exemplo: “Eu estava participando da homenagem à Margot Saint James, pioneira do movimento, falecida este ano, e quem aparece lá? Lourdes Barreto e Betânia Santos. A gente não pode esquecer como se considera e se aprende com o movimento do Brasil em outros países”.
Professor da Escola de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), José Miguel Olivar podia encerrar este aulão. Mas não vai e não importa. O que vale é também ler atento o que ele diz, uma visão do sentido transformador deste PutaCafé.
“Eu gostaria de falar para os alunos da Laura que essa aula se trata de uma oportunidade infinita de aprender com essas mulheres incríveis, produtoras de conhecimento desde os tantos lugares que elas estão e frequentam. A academia precisa do movimento de prostitutas, se fala muito da importância da academia para o ativismo, mas é importante lembrar também como a trajetória de tantos de nós, acadêmicos, foi impactada pelo movimento de prostitutas, pelas suas formas de pensamento e conhecimento, sobre redes, organização, corpo, sexualidade, direitos, saúde, trabalho, gênero, uma fonte de força de relação com o corpo, com a rua. Tudo isso muito necessário para a própria academia produzir conhecimento”.
E NO PRINCÍPIO ERAM DUAS PUTAS
Chegamos enfim ao começo. Nos próprios sentidos. Lourdes Barreto, fundadora do movimento brasileiro de putas, com Gabriela Leite, abriu os trabalhos (“desde a creche aqui de casa, que é uma creche dos bisnetos, todo mundo sabe”) falando justamente da origem e do desenvolvimento do movimento, desde os dois primeiros encontros, nos anos 80, com Gabriela Leite.
“Hoje amanheci pensando muito nela. Às vezes me sinto sozinha, mesmo tão bem acompanhada, nessa luta tão grande por quebra de estigma, pra assumir essa palavra de puta, de prostituta, numa sociedade tão preconceituosa. Eu e Gabriela nos encontramos pela primeira vez num encontro da Pastoral da Mulher Marginalizada, em Salvador. Ela mais calada, observando muito, eu falando mais, outras prostitutas com medo de falar. Depois saímos para um cabaré na Baixa do Sapateiro, as duas sem dinheiro, fizemos programas, bebemos e voltamos pro evento. Nos encontramos novamente em outro encontro da Pastoral, em Jundiaí, onde fomos barradas de entrar uma noite porque voltamos tarde. E ali começamos mesmo a conversar.”
“O próximo passo foi no Rio, no Instituto de Estudos da Religião (Iser), onde Gabriela trabalhava. E logo no I Encontro Nacional de Prostitutas, em 1987, também no Rio, que Gabriela conseguiu promover com o auxílio valioso de 7 mil dólares levantados pelo amigo e pastor Zwinglio Dias. Foi muito difícil fazer, porque até os hotéis não queriam hospedar prostitutas. Mas fomos adiante, e abrimos o evento no Circo Voador, com muitos artistas, porque naquele tempo, duas prostitutas dizendo pro mundo que queriam criar uma rede para lutar pelos seus direitos e quebrar o estigma e o preconceito, chamou muito a atenção, teve Martinho da Vila, Elza Soares, Lucélia Santos, encheu o Circo Voador. E de surpresa fui eu que fiz a abertura do evento, porque Gabriela engoliu um dente e não queria fazer.”
“A partir daí, ela ficou responsável por mobilizar o Sul e o Sudeste (o encontro teve grande participação de prostitutas do Rio e de São Paulo) e eu, o Norte e o Nordeste. E também saímos do encontro com a proposta de cada uma, no seu estado, tentar organizar uma associação. Em Belém conseguimos em 1989 fundar o Gempac, registrado em 1990, quando trouxemos Gabriela e Flavio para o I Encontro Estadual Prostituição e Cidadania, com prostituta rural, prostituta dançarina, quase 200 mulheres, 26 municípios presentes e o apoio do governo do estado. E a cobertura do jornal Beijo da rua, coisa mais linda.”
“Eu sempre me vi tendo outros e outras aliadas, a Rede tem um sentido político, uma essência tão grande e tão forte, e não podemos nunca esquecer a memória desse movimento, que traz um retrato de busca por cidadania, de resistência, de jogar o corpão para dizer à sociedade que nós estamos aqui e existimos. Uma tremenda ditadura militar, aonde a gente não podia nem falar, e duas mulheres metem a cara, eu uma nordestina vivendo no Norte, duas regiões cobertas de estigma, e eu ter a coragem de fazer a abertura desse encontro, foi uma coisa extremamente importante.”
“E tudo seguiu a partir daí, conhecendo outras pessoas que se aliaram a nós, ainda na Pastoral, discutindo com elas por que é que ninguém discute a sexualidade das freiras. Conheci Tina Rovira, Cida Vieira, Roberto Chateaubriand. E às vezes tem gente que diz a Rede não tem puta, só tem aliados. Ainda bem que nós temos aliados. Porque puta tem! Essa puta velha está aqui, e muitas outras. Agora mesmo fizemos um PutaDei presencial em Belém do Pará, usando todos os protocolos, porque havia uma necessidade de estar vivendo a realidade do dia-a-dia, fora das lives.”
“Mesmo hoje com quase 80 anos, já um pouco cansada de guerra e de luta, me orgulho muito de tudo o que fizemos no Pará e de ter com muito prazer e satisfação convidado Gabriela. Ela entrou nessa região, dentro da floresta, nos garimpos, na Guiana Francesa, no Oiapoque, com Edna Maciel, uma puta liderança no Amapá. Então as protagonistas dessa História somos nós, que vamos estar falando e assumindo essa História, e mesmo assim as alianças e parcerias são muito importantes, como é com a academia.”
“A Rede Brasileira nasceu de uma necessidade das prostitutas falarem, não só na Pastoral, que também nos incentivou. Naquele início era difícil se organizar sozinha, e a gente já discutia prostituição e feminismo, a questão do empoderamento das prostitutas, mostramos que a gente não era grupo de risco, ao contrário, nos organizamos, fizemos projetos e oficinas de prevenção com apoio do Ministério da Saúde, fortalecemos várias organizações pelo País.”
“Eu não me vejo no movimento sozinha. O movimento precisa de outras pessoas e da academia, mesmo que eu esteja cansada de tanta tese de mestrado, doutorado, especialização, mas eu acho que isso é importante, como também as pesquisas. E nós também fortalecemos a academia, temos estagiários com a gente, que vão aprendendo também. Eu continuo na luta por acreditar nesse movimento, e cada minuto que eu acordo de madrugada, penso em como foi tão difícil. Hoje é muito fácil formar um coletivo, formar uma rede, porque até se espelha no que foi construído antes.”
“Tenho paixão, tenho afeto e admiração pela Rede Brasileira, que é composta por putas e putos que cobram e não cobram. Ela é composta por pessoas que não falam só para nós mesmas, que falam para o mundo.”
“Eu, como Gabriela, vou morrer lutando pela palavra puta, pela Rede, e pelo Gempac!”
E toca o funk Laura puta-maestra, que o funk Daspu fecha bonito este Café PutaDei, forte como cada puta que abre a boca pra demolir este e construir outro mundo.
Para ouvir o funk Daspu, clique na frase acima ou acesse o link https://soundcloud.com/daspu/01-daspu-e-uma-puta-parada.
As fotos, de cima pra baixo:
1. Reprodução do início do PutaDei Café;
2. Indianarae Siqueira;
3. Capa da edição comemorativa dos 30 anos do jornal Beijo da Rua, criado por Gabriela Leite e editado por Flavio Lenz (ao clicar na imagem, você tem acesso ao PDF completo da edição, para leitura ou download);
4. Apresentação da filha da puta Leila Barreto;
5. A puta-mãe Lourdes Barreto;
6. Gabriela Leite em foto do Beijo da Gabriela sua coluna no Beijo da rua.
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