Emílio Ribas afirma que PS está aberto, mas pede que população procure outras unidades de saúde

Segundo IIER, o PS continua aberto à população

O Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER) afirmou que em seu Pronto Socorro “o atendimento jamais foi interrompido e segue de portas abertas à toda a população, com a ressalva de que o hospital tem pedido aos pacientes ‘não covid’ que, se possível, priorizem, momentaneamente, a busca por outras unidades de saúde”.

Especificamente sobre a postagem-denúncia da infectologista Marta Ramalho, a completar em fevereiro próximo 32 anos de dedicação à instituição, o Emílio Ribas diz em nota oficial que “a carta em questão é, no mínimo, equivocada, atemporal e ofensiva aos 1.660 profissionais do Instituto Emílio Ribas e a todos os pacientes do SUS que dependem da instituição”. A seguir, a nota oficial:

 

“NOTA OFICIAL
Do Hospital Emílio Ribas e da Secretaria de Estado da Saúde

A carta em questão é, no mínimo, equivocada, atemporal e ofensiva aos 1.660 profissionais do Instituto Emílio Ribas e a todos os pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) que dependem da instituição. Lembramos que desde março de 2020, o Emílio Ribas transformou-se em uma Unidade de Referência para atendimento prioritário à covid-19 e que todas as medidas de gestão adotadas foram assertivas para garantir a assistência durante a pandemia.

É importante esclarecer que em nenhum momento a Diretoria do Emílio Ribas foi chamada pela Secretaria da Saúde para discutir qualquer modelo de privatização do Instituto. Acontece que diante da premente necessidade de disponibilizar mais leitos de UTI e enfermaria, foi realizado em abril, um processo de contratualização (para prestação de serviço terceirizado) de 50 leitos de UTI e, mais recentemente, de 24 leitos adicionais de enfermaria. O processo foi anuído regularmente pela Procuradoria Geral do Estado. Essa opção foi utilizada pela agilidade que tem em relação à contratação por concurso público.

Da mesma forma, dezenas de profissionais foram contratados pela Secretaria da Saúde para trabalhar no hospital em regime de Contrato por Tempo Determinado (CTD). Em ambos os casos, os contratos são temporários e todas as normas de regulamentação, que preconizam a humanização do atendimento hospitalar, têm sido devidamente respeitadas.

Cabe lembrar que nenhuma solicitação do hospital, neste período, deixou de ser acolhida pela secretaria, inclusive pedidos de abertura de concursos públicos. Ademais, por ter sido adaptada ao enfrentamento histórico desta pandemia, a instituição teve que adequar alguns setores a esta realidade, como os programas de residência e o setor de pediatria.

Em relação ao Pronto-Socorro, o atendimento jamais foi interrompido e segue de portas abertas à toda a população, com a ressalva de que o hospital tem pedido aos pacientes “não covid” que, se possível, priorizem, momentaneamente, a busca por outras unidades de saúde. Por fim, consideramos que triste, vergonhoso e imoral seria ter abandonado, sem leitos de UTI e enfermaria, os pacientes com diagnóstico de Covid-19 que tanto precisavam de assistência nos momentos mais críticos de ascensão do número de casos. Até este momento, a Secretaria de Estado da Saúde, já investiu mais de R$ 70 milhões em equipamentos, insumos e serviços essenciais no Emílio Ribas, para garantir assistência de qualidade, correspondente com os excelentes padrões pelo qual o hospital é reconhecido.

As equipes de gestão, tanto do hospital, quanto da secretaria, seguem abertas e participativas, com o objetivo de propor as melhores ações para o contínuo aprimoramento da instituição e o cumprimento de sua histórica missão de assistir pacientes com doenças infecciosas e de estar sempre de prontidão, no front, para o combate às grandes epidemias.”

 

Nota da Redação: Às 13h06 desta segunda-feira, 4Jan2021, Saúde Pulsando recebeu a “Nota oficial do Hospital Emílio Ribas e da Secretaria de Estado da Saúde”, em resposta à denúncia feita pela infectologista Marta Ramalho dia 26, e ao e-mail que enviamos na tarde de 27 de dezembro, solicitando uma posição institucional. Cabe esclarecer que o teor da nota já era de nosso conhecimento; no entanto, a mesma não foi publicada por não termos checado se a nota era realmente do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, que havíamos solicitado – uma vez que em seu teor nenhuma vez o nome correto da instituição é referido, apenas “Hospital Emílio Ribas”, “Emílio Ribas” e “Instituto Emílio Ribas”, o que na checagem jornalística, pode ser um indício de Fake News. Além disso, como escrito, apenas hoje o IIER nos encaminhou a manifestação solicitada.

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