RNP+ Ceará convoca manifestação para garantir tratamento das PVHA em Fortaleza

Card da manifestação da RNP+CE dia 15

Cruzes serão vistas novamente na capital cearense. Em meio à pandemia de covid-19, a Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/AIDS no Ceará (RNP+ Ceará) está convocando manifestação “contra o desmonte dos serviços de HIV/aids de Fortaleza”. O ato será realizado no dia 15 de setembro, às 9h30, em frente ao Serviço de Atendimento Especializado (SAE) Carlos Ribeiro.

A convocação é assinada por Vando Oliveira, coordenador administrativo da RNP+, e foi publicada neste domingo (30) no site da RNP+ Ceará. Segundo o SAE Nossa Senhora da Conceição “foi o primeiro a parar o atendimento”, antes mesmo da emergência da covid-19, pois faltam médicos infectologistas no serviço de saúde dedicado ao tratamento das pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA).

“O SAE Anastácio Magalhães também está com atendimento comprometido pelo mesmo motivo”, afirma a RNP+ no estado do Ceará. Conforme a nota, “o último atendimento de um dos médicos foi em 7 de fevereiro”. O outro médico “deve se afastar nos próximos dias”; não há substitutos, “o que já ocasionou o cancelamento de consultas de muitos pacientes”.

Isso não é tudo. O SAE e CTA Carlos Ribeiro “há meses espera a conclusão de uma reforma” parcial em apenas nove salas. Para a RNP+ Ceará, “esse desmonte é falta de vontade política da prefeitura de Fortaleza, especialmente da Secretaria Municipal da Saúde”.

Segundo a RNP+ Ceará, atualmente mais de 16 mil pessoas têm HIV em Fortaleza e 2 mil delas estão prejudicadas, por isso a necessidade da manifestação. No Facebook, perguntado se o prefeito Roberto Claudio e a secretária municipal da saúde, Joana Angélica Paiva Maciel não fariam nada para que a manifestação não acontecesse no meio da pandemia de Covid-19, Vando Oliveira respondeu:

“Já estão DEIXANDO as pessoas vivendo com HIV expostas à MORTE nos corredores APERTADOS destes serviços; dois DELES já estão fechados e neste momento já são mais de mil pessoas sem atendimento, um desmonte que nos obriga a voltar às ruas como no início da epidemia de AIDS. Uma VERGONHA para o Município de Fortaleza.”

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