É a cronicidade do HIV/aids frágil? Biomedicina, política e sociabilidade em uma rede social on-line

Ilustração: Silvia Holme

Com o resumo do artigo abaixo, Saúde Pulsando traz um pouco mais de informação a todes, esperando contribuir com a difusão do conhecimento científico. O artigo é fruto de pesquisa desenvolvida na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paaulo (USP).

É a cronicidade do HIV/aids frágil? Biomedicina, política e sociabilidade em uma rede social on-line*

Lucas Pereira de Melo1 
http://orcid.org/0000-0001-8392-1398

Lumena Cristina de Assunção Cortez2 
http://orcid.org/0000-0002-4652-6556

Raul de Paiva Santos2  3 
http://orcid.org/0000-0002-1872-7414

 

RESUMO

Objetivo: compreender como as relações entre cronicidade e política modelam a sociabilidade e a ajuda mútua entre pessoas que vivem com HIV/aids.

Método: trata-se de uma etnografia virtual em um grupo fechado no Facebook. Para coligir as informações, utilizaram-se observação participante on-line e análise documental. Analisaram-se 37 postagens por meio do software NVivo 12 Pro e pela técnica de codificação temática.

Resultados: emergiram duas categorias temáticas: Faça o tratamento e o tempo se encarregará do resto: ajuda mútua e HIV/aids como condição crônica; e Sim, há perigo na esquina, meu bem: política, conflitos e sociabilidade no grupo. O aspecto mais relevante deste estudo diz respeito à evidência da fragilidade do discurso da cronicidade do HIV/aids.

Conclusão: por meio da análise da sociabilidade e da ajuda mútua produzidas entre os membros do grupo investigado foi possível apreender os modos como, em suas experiências de viver com o HIV/aids como condição crônica, as relações entre saúde-doença, política e tempo evidenciaram a dependência entre cronicidade e Estado, e seus impactos na vida cotidiana.

Descritores: HIV; Síndrome da Imunodeficiência Adquirida; Antropologia Médica; Doença Crônica; Rede Social; Política.

 

1Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, Ribeirão Preto, SP, Brasil.

2Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem/Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, São Paulo/Ribeirão Preto, SP, Brasil.

3Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Brasil.

 

Artigo disponível na Revista Latino-Americana de Enfermagem. Acesso em 10JUL2020.

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