Secretaria da Saúde de SP refuta ameaças a médicos do Emílio Ribas

Fachada do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo. Foto: IIER

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo respondeu, por meio de sua assessoria de imprensa, à carta aberta da Associação de Médicos do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (AMIIER), a pedido de Saúde Pulsando.

Segundo o órgão do governo paulista, “é mentirosa e causa profunda indignação a informação de que teriam havido ‘ameaças’, com ‘postura policialesca’ por parte da secretaria contra médicos do corpo clínico”.

“A pasta tem mantido diálogo democrático, respeitoso e constante, tanto com o corpo clínico do instituto, quanto com a AMIIER”, afirma um trecho inicial da nota.

Conforme a nota informa, a secretaria “realizou uma reunião no dia 30 de março para propor encontros periódicos com o secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn, a fim de discutir projetos de melhoria para a instituição”.

Sobre a reforma, que segundo a AMIIER “se arrasta há mais de seis anos”, a nota da secretaria afirma que a “acusação” causa “estranheza”, uma vez que “por ter sido designada como referência para o atendimento à covid-19 e apesar de ter em pleno andamento a maior reforma de sua história, a instituição se mantém funcionando com sua máxima capacidade possível”.

Por fim, a SES-SP informa que “o serviço mantém seu ambulatório funcionando parcialmente para os pacientes de doenças crônicas, como HIV e hepatites, apenas com atendimentos de urgência disponíveis”.

Confira abaixo, a resposta oficial da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo sobre a carta aberta da AMIIER:

 

NOTA OFICIAL DA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

“A Secretaria de Estado da Saúde esclarece que é mentirosa e causa profunda indignação a informação de que teriam havido supostas “ameaças”, com “postura policialesca” por parte da secretaria contra médicos do corpo clínico do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. A pasta tem mantido diálogo democrático, respeitoso e constante, tanto com o corpo clínico do instituto, quanto com a Amiier (Associação de Médicos do Emílio Ribas) e, inclusive, realizou uma reunião no dia 30 de março para propor encontros periódicos com o secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn, a fim de discutir projetos de melhoria para a instituição. De fato, uma comissão de sindicância foi instaurada com o único intuito de averiguar manifestações em desfavor da imagem do instituto, seguindo ritos jurídicos comuns que seriam adotados em casos semelhantes de qualquer outra instituição de saúde da rede. Também causa estranheza a acusação de que o instituto estaria passando por suposto “desmanche”. Por ter sido designada como referência para o atendimento à covid-19 e apesar de ter em pleno andamento a maior reforma de sua história, a instituição se mantém funcionando com sua máxima capacidade possível, com infraestrutura e equipamentos de primeira linha para os padrões da rede SUS (Sistema Único de Saúde) e equipe formada por servidores de carreira e, momentaneamente, reforçada por profissionais terceirizados contratados com o intuito de atuarem apenas durante a pandemia, com foco e prioridade à necessidade emergencial de não deixar a população desassistida durante a maior crise de saúde pública do país. Também devido à pandemia, o serviço mantém seu ambulatório funcionando parcialmente para os pacientes de doenças crônicas, como HIV e hepatites, apenas com atendimentos de urgência disponíveis, sob pena de reduzir a exposição desta população dentro de uma área de alto risco para covid.”

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