Dezembro Vermelho: artigos e colunas propõem refletir sobre a atual realidade

A Câmara dos Deputados iluminada em alusão ao Dezembro Vermelho (Foto: Ag. Câmara)

Colunistas de Saúde Pulsando trazem atualizações nas quais propõem reflexões várias, em seus mais recentes artigos, todos publicados neste Dezembro Vermelho.

Com o artigo Tuberculose e HIV/aids, tempos turbulentos, para a coluna Holofote sobre a TB, José Carlos Veloso aponta para o risco de a pandemia de covid-19 “aumentar o número de casos de TB por dificuldade de acesso aos serviços de saúde”, o que também pode acontecer com os serviços em HIV/aids.

No artigo Covid-19 e a naturalizaçãode suas consequências, o infectologista Ronaldo Hallal conta com a valorosa colaboração da professora Nêmora Barcellos. Segundo a dupla, “o governo federal [...] promoveu tratamentos ineficazes e deixou de distribuir mais de 6 milhões de testes diagnósticos de PCR armazenados, muitos deles com a validade quase esgotada”.

No artigo Trabalhadoras sexuais e a luta contra o HIV no Brasil, escrito para a coluna Vozes da Prostituição, Elisiane Pasini dá visibilidade a “momentos importantes do protagonismo das TS no contexto político no combate ao HIV/Aids, os quais não podem passar por um apagamento histórico”. Em sua análise, “as TS não foram apenas ‘educadoras de pares’ de projetos governamentais no combate à epidemia do HIV (como já escutei), elas se tornaram agentes políticos e contribuíram efetivamente para a história do movimento Aids”.

Na coluna Berggasse, 19, o psicólogo Jean Carlos de Oliveira Dantas traz à reflexão o Envelhecer com HIV/aids e as escolhas que nossas almas fazem na vida. Para ele, “o HIV é um morador que muda nosso corpo estabelecendo uma comunicação full time para a vida eterna”.

Na coluna Cor de Rosa-choque, a soroposidhiva Vanessa Campos traz a discussão do assédio de médicos e outros profissionais de saúde sobre a revelação sorológica de pessoas vivendo com HIV/aids em seguimento nos serviços de saúde, seus pacientes. O artigo O HIV, o isolamento social e a fogueira da exposição sorológica está dando o que falar.

Já no artigo Datas, dias... quero falar de viver! para a coluna TransitHIVa no ar, Jacqueline Rocha Côrtes passa pelas datas pra expressar a necessidade que todxs temos de falar e expressar nossas necessidades e realidades.

Outros dois artigos, também publicados neste mês, trazem atualizações e questionamentos importantes. Um dos integrantes mais respeitados do movimento social de luta contra a aids brinda leitorxs com seu artigo Como o movimento social de AIDS pode contribuir no enfrentamento da COVID-19? Nele, Veriano Terto Jr. resgata um pouco da história da luta contra a aids no Brasil para sugerir quatro pontos de contribuição com o enfrentamento da covid-19.

Por fim, com o artigo Dia Mundial de luta contra a AIDS: a ciência evolui enquanto a sociedade retrocede, o presidente do Fórum das ONG/Aids do Estado de São Paulo, Rodrigo Pinheiro, traz à discussão o quanto os dados de São Paulo do Índice de Estigma em Relação às Pessoas Vivendo com HIV/aids refletem o sofrimento das PVHA numa sociedade cada dia mais retrógrada, em oposição a uma ciência cada que avança cotidianamente.

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