Pulmões. Ilustração: Silvia Holme
O Ministério da Saúde deve incorporar em breve um novo teste para a detecção do bacilo de Koch, que provoca a tuberculose. O teste IGRA (interferon gamma release assay) foi recomendado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) e está em consulta pública até 21 de setembro.
O IGRA é um novo teste para detecção da tuberculose latente em pacientes imunocomprometidos, “que não apresentam sintomas e estão inseridos em um grupo cujos mecanismos de defesa contra infecção apresentam alterações”, explica o comunicado do Ministério da Saúde (MS).
Para a recomendação preliminar, a Conitec considerou o uso do teste em pacientes em uso de imunossupressores, pessoas vivendo com HIV e pessoas candidatas a transplante de medula óssea e órgãos. “A proposta é contar com mais um método para prever o desenvolvimento da tuberculose ativa, ampliando a orientação clínica para o diagnóstico e diminuindo o progressivo aumento no número de casos”, informa o MS.
Conforme informa o MS, atualmente o teste padrão utilizado no SUS é o tuberculínico PPD (purified protein derivative), que apresenta baixo custo e não requer componentes de laboratório. “No entanto, os resultados podem ser confundidos pela identificação de microbactérias não tuberculosas, vacina BCG, ou por fatores relacionados à manipulação, realização e leitura do teste.”
A tuberculose, o diagnóstico e o tratamento
A tuberculose é uma doença tratável e curável, mas ainda é um grave problema de saúde pública e é a principal causa de morte por uma doença infecciosa entre adultos em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, no ano de 2018, dez milhões de pessoas adoeceram por tuberculose e 1,5 milhão de pessoas morreram pela doença no mundo.
A tuberculose é uma doença infecciosa, de evolução crônica, causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch. A transmissão ocorre por via respiratória, por meio de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro das pessoas contaminadas. A doença afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas.
Fala-se em tuberculose latente quando a pessoa está infectada com o bacilo causador da doença, mas não apresenta sintomas. Sabe-se que também há possibilidade de transmissão nesse caso, mas em situações em que os pacientes acabam registrando baixa da imunidade em razão de outros quadros de saúde.
A tuberculose tem diagnóstico e tratamento disponíveis no SUS. A doença tem cura, mas é preciso que o paciente siga as orientações até o final, sem interrupção ou abandono do tratamento ao longo do caminho.
O tratamento tem duração de, no mínimo, seis meses. Para o diagnóstico são utilizados testes, exames de análise e radiografia de tórax. Quanto à medicação, utiliza-se os seguintes fármacos: rifampicina, isoniazida, rifapentina, pirazinamida e etambutol.
A consulta pública nº 47 está disponível no site da Conitec e as contribuições podem ser feitas até 21 de setembro.
Compartilhe nas redes sociais: