O ator Rhamon Matarazzo estará na live do Consciência Posithiva
As lives invadiram o mundo da música, do teatro, da televisão e, mais recentemente, o mundo que discute e trabalha com aids no Brasil.
Em tempos de Covid-19, em que o distanciamento social é a prerrogativa de prevenção à infecção pelo SARS-Cov-2, parece que as lives vieram pra ficar. Pelo menos enquanto não houver uma vacina ou um medicamento eficaz para o novo coronavírus. Ou que a curva de infecção pare de subir e comece a cair para que as medidas de contenção da pandemia sejam relaxadas.
Uma das precursoras da tendência das lives no campo da aids no Brasil é a jornalista Roseli Tardelli. Pela Agência de Notícias da Aids, ela tem reunido pessoas de respeito no campo e promovido, todas as terças-feiras, lives sobre diversos temas. Nesta terça-feira (19), em alusão ao Dia Internacional contra a LGBTfobia, a live reuniu pessoas LGBT de destaque na luta contra a fobia de diversidade sexual e de gênero.
Recentemente, a Pastoral da Aids promoveu uma live com Diego Calisto, assessor do Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI) do Ministério da Saúde que vive com HIV e teve Covid-19. O DCCI também chamou uma reunião remota para ouvir os movimentos sociais. Dividida em duas etapas, a reunião aconteceu em 28 de abril e 4 de maio.
Saúde Pulsando também entrou nessa onda. No Dia das Mães, promoveu uma live no Instagram Vanessa Campos, mãe vivendo com HIV/AIDS secretária de Informação e Comunicação da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e AIDS (RNP+Brasil). Na semana passada, a convidada seria Regina Pedrosa, ativista da luta contra a aids desde o início da epidemia, nos anos 1980. Infelizmente, a live não aconteceu por causa da instabilidade que tomou a internet no último final de semana.
Próximos eventos
Furando Bolhas é um ciclo de debates online que tem discutido Covid-19 e Direitos Humanos. Nesta sexta-feira (22), às 9h30, Richard Parker e Veriano Terto Jr., presidente e vice-presidente da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia) participam da videoconferência “Quais as lições da pandemia HIV/AIDS para a pandemia Covid-19?”.
Além dos diretores da Abia, participam do debate o pesquisador Mario Martin Pecheny, da Universidade de Buenos Aires (UBA/Conicet). A conversa será conduzida por Roger Raupp Rios (TRF-4/Unisinos) e Paulo Gilberto Leivas (Ufcspa/MPF). Para participar, acesse https://bit.ly/2X0wRsc.
O projeto Consciência Posithiva realiza, no sábado (23), às 21h, a live “Testei HIV positivo, e agora?”, com a participação do ator e dramaturgo Rhamon Matarazzo, que vai contar como foi sua própria experiência com o tema. Estão no script do bate-papo virtual as dificuldades e a superações que qualquer pessoa precisa encarar quando se depara com o diagnóstico positivo para o HIV.
Desde que soube de seu diagnóstico, Rhamon tem se dedicado a fazer espetáculos que abordem o tema do HIV em Fortaleza. A foto que ilustra esta reportagem, que tem o ator e dramaturgo como modelo, é do espetáculo “Lázaro”, que aborda o tema do preconceito às pessoas vivendo com HIV/AIDS.
Consciência Posithiva está ancorada na ONG Casa de Andaluzia. A live pode ser acompanhada no instagram, em @projeto_consciencia_posithiva.
No domingo (24), às 18h, o LivePulsando fará – se a internet deixar – um bate-papo com Carla Diana, vice-presidente do Fórum das ONG/Aids do Estado de São Paulo (Foaesp) e coordenadora geral da Associação Prudentina de Prevenção à AIDS (Appa), de Presidente Prudente, no interior paulista. Saúde Pulsando ainda está definindo melhor aplicativo para fazer a transmissão.
Futuro do presente
Quem também se prepara para aproveitar a tendência é a Articulação Nacional de Luta contra a Aids (Anaids). Com uma programação em definição, a coordenação geral não conta muito, mas deixa escapar algumas pistas. “É para ampliarmos as discussões relacionadas a Covid-19 e HIV/AIDS através de abordagens que contemplem múltiplas narrativas no campo da saúde e potencializem as respostas comunitárias”, diz Carla Almeida, secretária política da articulação nacional.
“Os webinários são a forma da Anaids, em tempos de pandemia, se colocar mais próxima da sociedade”, diz Rafael Gomes, que divide a secretaria com Almeida. “Sim, é isso, é uma maneira de ampliar a discussão junto ao movimento de aids e facilitar a interlocução com outros movimentos”, conclui Carla.
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